Aula 12
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1- Encontrar, na Internet, um exemplo de Ciborgue e Pós-Humano. Explicar como, em cada exemplo, a tecnologia interfere nas nossas relações com o corpo e, a partir dele, com a Comunicação.
O Termo Ciborgue circula dentro de várias teorias, dessas, existem as mais radicais que defendem a idéia de que hoje todos somos ciborgues em função do virtual se misturar com o real em todos os âmbitos da nossa vida, até as definições mais clássicas como a do inventor da Palavra Manfred Clynes que classificou o termo como “a mistura do orgânico com o maquínico”.
Para a realização do exercício tomarei como base à teoria de André Lemos que determina dois tipos de Ciborgue, o protético onde os indivíduos que possuem esta classificação necessitam de aparelhos mecânicos ou eletrônicos para o funcionamento fisiológico e o interpretativo que se constitui pela influência dos mass media; dentro dessa classificação Lemos inclui os netcyborgs ou cyborgs interpretativos das redes, estes se organizam a partir das conexões todos-todos que a internet oferece.
Na ficção científica o exemplo mais famoso de ciborgue protético é o filme Robocop que conta à história de um policial (Alex) que após uma perseguição é atacado pelos bandidos, após este acontecimento Alex é transformado em um poderoso cyborg de combate ao crime, passando a ser metade homem metade máquina.
No exemplo do Robocop essa transformação pela qual o personagem passa faz com que ele comece a se questionar até que ponto ele é máquina e até que ponto ele é homem, esse questionamento o leva a passar por um distúrbio de identidade que faz com que ele mude o sentido de sua nova existência, que seria apenas servir como defensor da lei, e comece a lutar contra os agressores de Alex, sua antiga identidade. O ciborgue possuía no filme uma relação comum com os humanos, o único desvio em seu papel na sociedade é o fato da vingança ter se tornada uma das principais diretrizes da sua vida.
Como exemplo de ciborgue interpretativo podemos nos incluir, pois todos nós muito ou pouco sofremos a influência dos MCM; esta influência pode acontecer de várias formas nas nossas vidas, pode interferir no processo de educação, manipular opiniões, servir como uma fonte de informação. A partir do modo como somos influenciados podemos responder de várias formas a essa manipulação, virando meros repetidores ou construtores de opiniões.
Já os netcyborgs interpretativos das redes são todos aqueles que acessam a internet, pois mesmo não participando da escrita coletiva, ao estarmos conectados temos acesso a todas essas informações que estão na web, estas possuem vários autores que constituem a escrita todos-todos. Dentro da rede podemos exercer vários papéis, desde autores e co-autores até meros leitores.
O pós-humano vêm sendo estudado há muitos anos, desde os primórdios do computador onde os cientistas acreditavam que ele iria substituir a mente humana, em parte isso realmente aconteceu, pois o computador diminui a nossa necessidade de pensar, executando várias tarefas que antes nós realizávamos, mas as propostas para o pós-humano hoje estão mais perto de sua concretização.
O Pós-humano hoje propõe a criação das inteligências artificiais, onde as máquinas passam a possuir vida em função da capacidade de processar informações que elas tem, o computador seria o modelo de inteligência para a humanidade, as informações computacionais passam a gerar vida no interior dos sistemas artificiais.
Algumas teorias:
“Mas o pós-humano não significa o fim da humanidade. Significa, ao contrário, o fim de uma certa concepção de humano, uma concepção que tem sido aplicada a uma fração da humanidade que detém a riqueza, o poder, e tem o prazer de se auto conceituar como seres autônomos exercitando sua vontade através de escolhas individuais” (Hayles, 1999: 286).
"Sempre fomos pós-humanos" (Hayles, 1999: 291)
“O novo estatuto do corpo, na sua fusão com as tecnologias, nas suas interfaces do biológico e o maquínico, na sua constituição híbrida de organismo cibernético, orgânico e protético, é fruto de um longo e gradativo processo que já teve início quando a espécie humana ascendeu à sua posição bípede, de um ser que gesticula e fala. As primeiras tecnologias sígnicas, da comunicação e da cultura já foram a fala e o gesto. Não obstante toda sua aparência de naturalidade, a fala já é um tipo de sistema técnico, quase tão artificial quanto um computador” (Santaella, 2002b: 201-2).
"A este cruzamento, que faz notar entre o aparecimento do inorgânico no interior do orgânico e a existência da irreversibilidade própria à vida no universo inorgânico, tenho chamado advento do pós-
humano" (Santaella, 2002b: 198).
A partir das definições de Santaella nós somos todos ciborgues e vivemos em um mundo pós-humano, onde a tecnologia e a mecanização se desenvolve dentro da nossa sociedade orgânica, e nós passamos pela experiência da mecanização nas situações mais comuns da nossa vida, como por exemplo através da nossa comunicação, que também é mecanizada, pois como Santaella pontua a fala é um tipo de sistema técnico, quase tão artificial quanto o computador.
2- Construir um avatar de si mesmo e de um colega. Publicar no Blog pavatar. Analisar como se deu o processo de Identificação nos avatares.
As características mais marcantes de cada pessoa são exaltadas nos avatares para que o processo de identificação aconteça, pois as peças para montagem dos bonecos são as mesmas para todos, a diferenciação é feita em função dessas peculiaridades, que vão desde a forma como cada pessoa se veste até o ambiente que ela mais gosta. Os avatares que eu construí foram o meu e o da Rogéria.
Site escolhido para a construção do avatar:
http://www.sp-studio.de/
3- Acessar http://www.thepalace.com .Observar como a escolha do AVATAR influencia o processo de comunicação entre as pessoas na Internet.